Centro Histórico do Porto como Património da Humanidade foi "uma herança positiva"
Rui Rio falava na cerimónia alusiva dos 16 anos da classificação do Centro Histórico da cidade como Património Cultural da Humanidade, que a UNESCO atribuiu quando o socialista Fernando Gomes era o presidente da autarquia portuense.
Mas quando assumiu pela primeira vez funções como autarca, em 2001, Rui Rio considerou que era necessário "alterar o modelo que estava a ser seguido" na reabilitação urbana do Centro Histórico, muito assente no financiamento público e focado naquela área da cidade
"O primeiro desafio" foi, pois, alargar o âmbito geográfico da intervenção à Baixa portuense, que "integra o centro Histórico, mas vai muito mais além".
A alteração culminou na criação nas sociedade de reabilitação urbana em 2004, com envolvimento direto do capital privado, juntamente com fundos públicos, para conseguir "uma escala própria" para a operação.
Rio assinalou depois que houve "mérito próprio" e sorte em alguns resultados conseguidos entretanto, tendo dado como exemplo "a animação" que a Baixa ganhou nos últimos anos.
O autarca, que está no seu terceiro e último mandato, salientou ainda que "reabilitar a Baixa tem valor cultural, mas também valor económico", com impacto direto no turismo e pelo "poder de arrasto" que exerce sobre outros setores.
"Não era possível trazer as pessoas para a reabilitação" sem a animação que a Baixa oferece hoje em dia. "Falta ter gente a dormir aqui", disse, observando que isso levará tempo.
Esta cerimónia comemorativa serviu ainda para entregar o Prémio Municipal João de Almada 2012 aos arquitetos Carlos Prata e Sara Almeida, pela requalificação da Escola Secundária Clara de Resende.
Foi ainda lançado o livro "Eixo Mouzinho/Flores - Território do Reconhecimento e do Mercadejar". A obra aborda a reabilitação urbana, em curso, das ruas de Mouzinho da Silveira e das Flores, no Centro Histórico da cidade.